20.7.11

da arte de comer quieto

Estive segurando um sentimento imenso em meu bolso, toque instável e mão firme; a esperança inútil, boba, incoerente - e eu não o sei? - de mantê-lo seguro do mundo, seguro de mim mesma, dos outros, do outro, quase como a Bruna que há uns quinze ou dezesseis anos apareceu em frente à família pedindo por biscoitos - a boca já suja de farelos de chocolate. O meu não-dito me grita.

Esse esforço pra esconder o que eu sinto, a que me leva? A quem me leva?



2011.